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A vida do padre-cientista moderno

No catolicismo, existem coisas que só um padre pode fazer, como celebrar missa e ouvir confissões. São duas ocasiões absolutamente essenciais na vida de um fiel, que tem a obrigação de assistir à missa dominical e de se confessar pelo menos uma vez por ano (se bem que, na verdade, o ideal é se confessar com muito mais frequência). Fora os outros sacramentos que o sacerdote também pode levar aos fiéis, ainda que não sejam exclusividade sua (um diácono pode, por exemplo, batizar ou ser a testemunha da Igreja em um casamento). Por isso, ainda mais nesses tempos em que há cada vez menos padres, o fato de um sacerdote dividir seu tempo entre o cuidado pastoral e outras atividades deixa muitos fiéis alarmados. Padre-cantor, padre-palestrante… e padre-cientista também, por que não? Outro dia desses, um bom amigo, católico fiel e também cientista, por ocasião da ordenação de um padre que era químico, mas que dali em diante se dedicaria somente ao sacerdócio, veio comentar comigo que achava muito complicada a situação em que o clérigo mantém “jornada dupla” (na verdade, o termo que ele usou foi “lamentável”). O tempo que um padre passa no laboratório pesquisando, ou na universidade dando aula, é tempo subtraído às coisas que só um sacerdote pode fazer. É uma confissão que ele deixa de ouvir, é uma direção espiritual que ele deixa de dar, é uma missa que ele poderia estar celebrando em algum lugar carente de padres… leigos podem fazer shows, podem dar palestras, podem fazer pesquisa, podem atuar em veículos de comunicação, podem fazer trabalho administrativo, mas não podem substituir os padres naquilo que só um clérigo ordenado é capaz de fazer.

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